segunda-feira, 20 de abril de 2015

Copa do Mundo de Futebol Feminino

           Acadêmicas do curso de Educação Física da UFSM desenvolverão projeto de construção de jornal online após pesquisas e reflexões sobre a Copa do Mundo de Futebol Feminino 2015 que acontecerá no Canadá entre 06 de junho e 05 de julho. O  projeto será desenvolvido com a  Turma 61, envolvendo as Professoras Rute (de Português) e Lucinha (de Artes).

Confira o Projeto:
FORMULÁRIO PARA PROJETOS
Educação Física e as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação CEFD/UFSM – Profa. Orientadora: Marli Hatje
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Ação Pedagógica na Educação Física Escolar

Informações da Ação

Instituição/Escola:
Escola Básica Dr. Paulo Devanier Lauda

Acadêmicos:
Daiane O. Rocha, Jaqueline B. Regert e Suziane M. da Costa

Título da Ação:
O Futebol Feminino e as Mídias

Mídia utilizada:
Jornal online


ESTRUTURA DA AÇÃO PEDAGÓGICA

RESUMO E PALAVRAS-CHAVE


O uso das mídias nas aulas de educação física é considerado como um desafio para diversos professores da área, deste modo o objetivo do trabalho é desenvolver um jornal online sobre a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2015. O projeto se desenvolverá na Escola Paulo Lauda, com os alunos do 6º ano. Esperamos que os resultados do trabalho possa mostrar aos professores que é possível fazermos na educação física um trabalho interdisciplinar usando as mídias digitais.
PALAVRAS-CHAVE: Mídias, futebol feminino, jornal, educação física.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS


É inegável o avanço tecnológico e o uso das mais diferenciadas plataformas midiáticas no contexto diário para se ter acesso à informação, comunicar-se, trabalhar ou estudar. Neste sentido, a utilização de aparatos tecnológicos tornaram-se uma ferramenta pedagógica inovadora e ainda pouco utilizada no âmbito escolar, devido ao despreparo dos professores, infraestrutura da escola ou falta de interesse dos envolvidos. Porém, tratando-se de uma geração que vive “conectada”, é fundamental utilizar-se das mídias no processo de ensino-aprendizagem dos alunos, para estimular a criatividade e autonomia, tornando-os agentes ativos na busca do conhecimento.
O tema escolhido remete ao esporte mais popular do Brasil e um dos mais preferidos nas aulas de Educação Física escolar, porém em um contexto totalmente diferenciado, já que o futebol feminino brasileiro está muito aquém do masculino, em termos de apoio, investimento em categorias de base, patrocinadores, competições e visibilidade. A escolha pelo tipo de mídia a ser utilizada pelos alunos na escola, se deu por dois motivos: O primeiro se dá pelo fato de ser uma das mídias que a escola disponibiliza, além da rádio escola, e a qual os alunos têm mais acessibilidade através do blog e do site da escola. O segundo motivo é pelo fato do jornal ter uma maior credibilidade e respeito perante a sociedade, em comparação ao meio de comunicação televisão, ao qual sabemos que dependendo da emissora pode ter sua transmissão manipulada.
Assim, busca-se uma reflexão sobre o contexto histórico em que se desenvolveu o futebol feminino até os dias de hoje, vésperas da Copa do Mundo de Futebol, que ocorrerá entre os dias 06 de junho e 05 de julho, no Canadá, a fim de acabar com o preconceito envolto na prática por meninas e mulheres deste esporte que, como é sabido, é a paixão nacional.


OBJETIVO GERAL


Desenvolver um jornal sobre a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2015.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS


- Propor reflexão em torno da inserção e/ou exclusão da mulher no universo do futebol brasileiro;
- Explorar o contexto em que se realizará a Copa do Mundo de Futebol Feminino 2015.

JUSTIFICATIVA


O futebol no Brasil é o esporte mais popular e também mais querido por todos, desde o jovem na escola até o adulto de casa, porém quando falamos em futebol feminino se cria um receio entre as pessoas, ou até mesmo um preconceito principalmente por parte masculina. Este preconceito leva o esporte a não ter audiência, fazendo assim diminuir seu espaço na mídia e por isso o futebol feminino não desperta interesse por patrocinadores. Neste ano de 2015 acontecerá a Copa do Mundo de Futebol Feminino no Canadá e este evento não está sendo divulgado nas principais redes de televisão do Brasil. Diante de tudo isso nosso trabalho se justifica pelo motivo de saber o porquê o futebol feminino não tem espaço, patrocínio e prestígio no Brasil, buscando que os alunos conheçam, divulguem e passem a admirar o mundo do futebol feminino.

MÉTODO


Para a execução da ação pedagógica realizada na Escola Estadual Dr. Paulo Devanier Lauda com os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental, o método de trabalho será desenvolvido em três momentos:
1º Momento: Pesquisa sobre a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2015 (país sede, mascote, seleções participantes, cidades sedes, cultura do país sede), seleção feminina brasileira (jogadoras convocadas, preparação para a competição, expectativa), história das copas anteriores (sedes, campeãs, maiores artilheiras, melhores colocações da seleção brasileira). A turma será dividida em grupos para pesquisarem sobre estes assuntos em links da internet já estabelecidos pelas acadêmicas, ficando cada grupo responsável por apenas uma frente de pesquisa.
2º Momento: Estruturação do jornal pelos alunos, a partir da seleção das informações coletadas.
3º Momento: Publicação do jornal no Blog e Site da Escola.


MARCO TEÓRICO E CONCEITUAL


O Brasil é conhecido mundialmente pela prática do futebol, devido a suas grandes conquistas e revelação de jogadores extraordinários, incluindo o jogador considerado por muitos o Rei do futebol, Edson Arantes do Nascimento (Pelé). O futebol faz parte da cultura brasileira e tornou-se parte da identidade do país.
Futebol é parte fundamental da cultura do país tomada como representação da identidade nacional, incorporando na sua prática os valores da sociedade. O futebol é espetáculo popular. Constitui, portanto, fenômeno social observável na vida cotidiana que se articula com símbolos culturais, produção cultural, economia e política. (VALDUGA, 2013, p.14).

Paralelo a isso, o futebol feminino ainda está muito aquém do masculino, por não possuir o mesmo apoio, investimento e valorização. Historicamente existe uma luta pela aceitação e desenvolvimento do futebol feminino no Brasil, FRANZINI (2005, p. 317) traz que o primeiro jogo de futebol feminino noticiado foi disputado em 1913, entre times dos bairros da Cantareira e do Tremembé, de São Paulo, desde então as mulheres têm travado lutas contra o preconceito que cerca o âmbito esportivo. Segundo FRANZINI (2005, p.316),
No Brasil, a presença feminina dentro das quatro linhas ainda busca a sua afirmação [...] Se Pensarmos no papel que a bola desempenha enquanto elemento congregador de nossa identidade nacional, tal contraste coloca uma pergunta crucial: qual o lugar da mulher dentro do país do futebol?
Este questionamento remete à inserção da mulher em um ambiente historicamente habitado por homens e que, por se tratar de um esporte vigoroso e de contato, criou-se uma associação do futebol com a virilidade e força do homem, estabelecendo a cultura de que “futebol é coisa pra macho”. Diante disto, a mulher precisou burlar este tabu e enfrentar o preconceito de uma sociedade muito machista quando se diz respeito aos papéis desenvolvidos pela mulher no esporte.
Atualmente a presença das mulheres nos gramados é mais comum, comparado a outros tempos, porém está muito longe de ser reconhecido com o devido valor. A falta de incentivo e apoio dos órgãos que regem o futebol no Brasil e o preconceito enraizado quanto às questões de gênero são empecilhos para que se tenha um país do futebol” que contemplem todos.

RESULTADOS ESPERADOS


Pelo fato do futebol feminino ser desvalorizado, pouco reconhecido e não ter espaço nas mídias acredita-se que esse assunto pode ser de um conhecimento bastante construtivo para os alunos e será bastante discutido entre eles. Estes conhecimentos serão mediados de modo que eles passem a ver o futebol feminino com outros olhos, diferentes destes machistas de hoje, que posam ao menos respeitar e aprender a valorizar as mulheres que lutam por um mundo mais igualitário a muitos anos.
Além do conhecimento transmitido e mediado para os alunos, esperamos que este trabalho possa nos trazer experiência acadêmica, conhecimentos específicos e ampliação da visão sobre o futebol feminino e também possa mostrar para todos os professores da área que é possível realizar um trabalho interdisciplinar e principalmente não apenas atirar a bola para os alunos, o chamado “largabol”, e sim construir uma aula de educação física juntamente com eles, fazendo-os serem construtores do próprio conhecimento, através da utilização das mídias como recurso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


FRANZINI, F. Futebol é “coisa para macho”? Um pequeno esboço para uma história das mulheres no país do futebol. São Paulo, v. 25, nº 50, p. 315-328 – 2005.

VALDUGA, C. O universo do futebol feminino na cultura brasileira: considerações a partir de recortes midiáticos. Acervo eletrônico Biblioteca Universidade Federal de Santa Maria,



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